quarta-feira, 31 de agosto de 2011

da certeza, só o coração.

quem não sabe, acha que não precisa
quem precisa, não acha
quem acha que sabe, não larga de mão
e não quer nem saber se precisa
continua achando

quem não precisa, não procura
mas por acaso acha,
e quem acha que não precisa
fica procurando outros achados
e de repente percebe que já achou

e o achado percebe que não se encontrou
e novamente se põe a ouvir seu coração:
se carrega consigo o amor ou a razão;
se tenta procurar se encontrar
ou finge que já se achou

terça-feira, 30 de agosto de 2011

Eu tempeio, tu tempeias.

Finjo que o tempo me controla
só lhe dou chance pra me mostrar o que ele pode me dar.
Faço o que eu quiser no meu tempo.
Se tivesse tempo pra namorar,
se tivesse tempo pra casar,
todos teríamos um par,
se tivesse tempo de brincar,
não haveria quem trabalhar,
se tivesse tempo de estudar,
não haveria quem rodar,
se tivesse tempo pra amar,
não teríamos a quem odiar,
se eu tivesse todo tempo do mundo
pra com meu amor eu me juntar
pra quem minhas cartas iria mandar,
pros amigos?
esses se resolvem com um café, uma cerveja, um chá,
aquele tempo pra conversar.
Mas se eu controlo o meu tempo,
onde ficam os acasos
e as pessoas que chegam sem avisar?
No tempo deles, ora!

sexta-feira, 26 de agosto de 2011


Era como ter sem saber,

era como criar sem cultivar,

de agora querer e não mais poder.

É um pesar, não mais do que imaginar.

Lembrar para os segundos seguintes esquecer,

Fingir não te ouvir,

quando dizia que não iria sumir.

Fingir não rir,

quando lembro de te ver sorrir.

E o futuro se adia de modo a se perder,

enquanto sonho do teu lado acordar

e lá estar para nada disso passar,

mas no meu despertar infeliz,

me faço lembrar que sempre estive lá

sem deixar o nosso tempo passar.